A Ribeira de Muge fica situada na orla de um dos maiores desertos humanos de Portugal, a floresta de Entre-Muge-e-Sorraia. Esta região pode exibir ainda hoje uma cultura com traços característicos muito próprios, mormente a rude cultura dos pastores, cabreiros e dos negros que aqui habitaram. São estas especificidades que a Academia persegue, "subindo ao povo", como nos diz o grande Pedro Homem de Melo, recolhe, estuda e divulga.

sábado, 14 de junho de 2014

Portugal em Guerra(s)





Segunda parte da iniciativa:



- Manuel Ferreira, com poesia da sua autoria, sobre a sua vida militar.



- "Adeus minha querida amada", por Manuel Evangelista, declamado. 



- "A Guerra Mundial", por Zézinha e Cilita, cantada. É a única música temos sobre a 2.ª Guerra Mundial.



- "A Noiva", declamada pelo coro da Academia.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Portugal em guerras





Primeira parte do evento "Portugal em Guerra(s)", com os seguintes temas:



- Aldeia de Marianos (declamado, por Zézinha)

- António Domingos (cantado, por Maria Claudina)

- Nove de Abril, Meu Amor (declamado, por Samuel)

- D. Inês (cantado pelo coro da Academia)



Os três primeiros temas dizem respeito à primeira Guerra Mundial. O quarto é um tema do romanceiro medieval, trabalhado pela academia. 

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Comunicado - Cultura Popular de Paço dos Negros – Portugal em Guerra(s)

Decorreu no dia 10 de Junho no Paço Real da Ribeira de Muge (Paço dos Negros – Almeirim) a iniciativa “Portugal em Guerra(s)”, que pretendeu assinalar os 100 anos do início da 1.ª Guerra Mundial e os 40 anos do final da Guerra Colonial. Nesta iniciativa, promovida pela Academia Itinerarium XIV, foi dado a conhecer as músicas e a poesia popular, recolhidas às pessoas mais idosas onde transparecem marcas culturais que os conflitos bélicos deixaram nesta comunidade rural ao longo do séc. XX.
Para além disto foram ainda protagonizados dois momentos teatrais, nomeadamente o Monólogo “Tempos de Fome” (que retrata a miséria e a fome no Portugal entre guerras) e a peça de teatro “O dia prodigioso” (que abordou a chamada para a Guerra Colonial de um rapaz). Foi ainda lido um excerto de “D. Sebastião e o Vidente”, de Deana Barroqueiro, passado no Paço Real da Ribeira de Muge, assim como declamados alguns sonetos do poeta Almeirinense Francisco Henriques, do seu livro “Cântico à Minha Terra”. Foi o público ainda brindado com a presença da escritora Sílvia Raposeira, que nos declamou alguns poemas da sua autoria.
A plateia esteve atenta e aplaudiu entusiasticamente o programa apresentado. Estiveram presentes variadas pessoas que vieram de fora, de propósito para assistir a esta programação cultural. Com esta manifestação a Academia sente-se essencialmente motivada para seguir os objectivos a que se propõe: defender e divulgar a cultura e o património das comunidades que vivem em torno da Ribeira de Muge (Paço dos Negros, Marianos, Raposa, entre outros).
A academia manifesta ainda o seu agradecimento a Sílvia Raposeira, por ter aceitado associar-se à Academia nesta iniciativa. 
Maria Claudina interpretando "António Domingos", uma música sobre um soldado daqui que morreu na 1.ª Guerra Mundial. 
Coro da Academia
Manuel Ferreira, declamando um poema da sua autoria, acerca da sua vida militar.
Monólogo "Tempos de Fome", interpretado por Catarina Fidalgo.
Sílvia Raposeira, declamando poesia da sua autoria.
Aquilino Fidalgo apresentando excerto de “D. Sebastião e o Vidente”
Aquilino e Samuel – Poema “Treme Tudo”
Abaixo: Peça de teatro "O Dia Prodigioso"

Algum do público que esteve presente.



segunda-feira, 9 de junho de 2014

O Dia Prodigioso - Sinopse

No início dos anos 60 eclodiu uma revolta em Angola, colónia portuguesa, reformulada com o estético nome de “província ultramarina” pelo então governo do Estado Novo. Esta alastrou a duas outras frentes. Moçambique e Guiné juntam-se a Angola na rebelião pelo desejo de autonomia dos seus territórios. Estala então a chamada “Guerra Colonial”, em que milhares de jovens portugueses foram chamados a por a sua vida em risco, em nome da manutenção do Império Português, quando todos os países europeus já tinham dado a independência às suas colónias. Quantos fugiram? Quantos se esconderam? Quantos foram? Quantos voltaram? Todos aguardam um dia – o Dia Prodigioso – em que a guerra terminaria. Em que poderiam voltar a dormir descansados, sem o fantasma dos filhos que iriam para a guerra. Esta é a história de um rapaz que se escondeu, de que ninguém fala, e que tem como ponto de partida alguns factos reais. 
Soldados portugueses num comício do MPLA em 1974

Amanhã, a partir das 17.30 no Paço Real da Ribeira de Muge. Não se esqueça de marcar presença!

segunda-feira, 2 de junho de 2014

COMUNICADO – Portugal em Guerra(s) - Iniciativa Cultura


COMUNICADO – Portugal em Guerra(s)

Neste ano que se assinalam os 100 anos do início da Primeira Guerra Mundial, assim como os 40 anos do fim da Guerra Colonial, a Academia Itinerarium XIV empreendeu para o próximo dia 10 de junho, feriado nacional, uma iniciativa cultural a que chamou “Portugal em Guerra(s)”. Esta iniciativa terá lugar no Paço Real da Ribeira de Muge, em Paço dos Negros (Almeirim), e terá início as 17.30h.

Aqui serão assinaladas as efemérides aludidas, com declamação e um coro de músicas que fazem parte do Cancioneiro da Ribeira de Muge, assim como dois momentos teatrais, inspirados em factos reais: o monólogo “Tempos de Fome”, que remete para o tempo da fome entre as duas guerras mundiais, e a peça “O Dia Prodigioso”, sobre um rapaz chamado para a Guerra Colonial.

Para além disso, será igualmente celebrado este dia com a história do paço e os 40 anos da revolução de abril através da declamação de prosa e poesia de vários autores, nomeadamente Sílvia Raposeira, que será a convidada de honra para este evento, e que irá declamar alguns poemas da sua autoria.
Soldado da 1.ª Guerra Mundial, natural da Ribeira de Muge, em França. (1918).


Rapariga da Ribeira de Muge a ler carta do namorado, que estava na Guerra Colonial. (1965)

Soldados portugueses, entre os quais um natural da Ribeira de Muge, no primeiro comício do MPLA em Henrique Carvalho, Angola. (1974).


A Academia Itinerarium XIV é constituída por grupo de cidadãos ligados à Ribeira de Muge, que têm como objetivo estudar, defender e divulgar o património deste local, nas suas várias vertentes (histórico, etnográfico, arqueológico, molinológico, entre outros). Sílvia Raposeira é professora de inglês e editou recentemente o seu primeiro livro, o romance “O Ciclo da Esperança”.


Academia Itinerarium XIV:
- Email: academia.xiv@gmail.com