A Ribeira de Muge fica situada na orla de um dos maiores desertos humanos de Portugal, a floresta de Entre-Muge-e-Sorraia. Esta região pode exibir ainda hoje uma cultura com traços característicos muito próprios, mormente a rude cultura dos pastores, cabreiros e dos negros que aqui habitaram. São estas especificidades que a Academia persegue, "subindo ao povo", como nos diz o grande Pedro Homem de Melo, recolhe, estuda e divulga.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
terça-feira, 28 de junho de 2011
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Um Ano de Intensa Actividade da Academia Itenerarium XIV da Ribeira de Muge – Paço dos Negros!! – Em Setembro novas actividades.
Consideramos que o primeiro ano de actividade da Academia foi altamente produtivo. Eis um resumo:
- Fez a sua estreia na igreja de Paço dos Negros no dia 11 de Setembro de 2010, com um repertório medieval/religioso.
Em Dezembro, o seu concerto de Natal; - Em Janeiro, o Romanceiro Medieval da ribeira de Muge;
- Em Fevereiro, “Os Casares” da Ribeira de Muge;
- Em Março, Folclore Rural;
- Em Abril, As Brincadeiras;
- Em Maio, As Grandes Comemorações dos 500 anos do Paço Real da Ribeira de Muge. Pela primeira vez, uma entidade privada, com toda a dignidade, esteve à frente das comemorações aniversárias deste monumento concelhio.
- Em Junho, um Arraial Popular de S. João, na reabilitação da memória e da Capela de S. João Baptista de Paço dos Negros.
- Pelo caminho esteve a Academia em:
- Benfica do Ribatejo;
- na Quinta do Casal Branco;
- em Vale de Figueira e em
- Perofilho.
Foram, neste primeiro ano de actividade, criados e representados 4 quadros teatrais:
- A Descamisada de Cintinhos;
- A Praça;
- O Anivle;
- Entre marido e mulher.
Paralelamente a estas demonstrações:
- Foi continuada a reabilitação do Paço Real da Ribeira de Muge;
- Foi dada a conhecer a História deste paço, através da publicação de um livro;
- Foi reabilitada a memória e a história do lendário Rei Preto;
- Foram criadas as condições para que possa ser do conhecimento público a maquete da configuração original do Paço real da Ribeira de Muge;
- Foram retiradas do esquecimento em que se encontravam e integradas no repertório da Academia, e apresentadas ao público 42 modas, canções e romances:
- Dança do fidalgo;
- Ó preto, ó preto;
- Canção das escravas;
- Mulatinha;
- Mulatinha chiapá;
- Vira da tira;
- A chita da ‘nha blusa;
- Tenho uma saia nova;
- Pavão;
- A condessa;
- D. Inês;
- A Pastorinha;
- Bom Jesus da Aurora;
- O soldadinho;
- A noiva;
- S. Jerolmo;
- Devota da ermida;
- Manel e Maria;
- Ó criada tu mal sabes;
- À beira do rio;
- Frei João;
- O anel de sete pedras;
- O pipó;
- Pedi-te um beijo ó menina;
- Mas que chita tão bonita;
- ‘Inda onte comi tremoços;
- Os piais da minha sogra;
- Olha as sogras;
- Tenho uma concertina;
- Já o circo vem aí;
- Parti a tola à Maria;
- Venho da ribeira da Salga;
- O “Moca”;
- Menina no laranjal;
- Escuta ó menina;
- Olha o papagaio;
- Entrei pela Espanha adentro;
- Saringa-tinga-tinga;
- Casará olé casará;
- Toma lá carário;
- Ó cu ricocu;
- Na Quinta da laranjinha.
Depois deste ano de intenso trabalho, a Academia vai de Férias até Setembro. Férias dos sistemáticos trabalhos de pesquisa, recolha, tratamento, ensaios, demonstrações… Que não de ir publicando o que entender.
FÉRIAS MERECIDAS!
Uma das primeira exibições, em 2010. Ainda sem trajes regionais. Nesta gravação aparece a Mulatinha Chiapá.
Terra de Negros, que se dispersaram pela região, esta canção apenas dela encontramos uns resquícios no Brasil, no estado de Sergipe. Remontará ao século XVII/XVIII?
MULATINHA CHIAPÁ.
terça-feira, 21 de junho de 2011
Arraial popular na Academia
Depois de mais de um século de abandono, de se haver perdido até a memória do orago desta capela, S. João Baptista, e enquanto o edifício não é restaurado para as suas plenas funções, agora, quem sabe, para servir a cultura e o turismo, a Academia vai comemorar o primeiro patrono de Paço dos Negros. São João Baptista.
Não perca.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Quinta-feira de Ascensão
Das recolhas junto das mulheres da Ribeira de Muge, podemos apreciar duas formas de viver a Quinta-feira de Ascensão: Num tempo em que o trabalho não tinha direitos, o povo cultivava os interditos que proibiam o trabalho, estava aberto o caminho para O Dia da Espiga, para as romarias ao campo, com grandes festejos junto das barragens e outros lugares de lazer, folguedos que ainda hoje se mantêm.
Clique para ouvir
Subscrever:
Mensagens (Atom)