A Ribeira de Muge fica situada na orla de um dos maiores desertos humanos de Portugal, a floresta de Entre-Muge-e-Sorraia. Esta região pode exibir ainda hoje uma cultura com traços característicos muito próprios, mormente a rude cultura dos pastores, cabreiros e dos negros que aqui habitaram. São estas especificidades que a Academia persegue, "subindo ao povo", como nos diz o grande Pedro Homem de Melo, recolhe, estuda e divulga.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Comemorações dos 500 anos do Paço real da Ribeira de Muge

Danças palacianas da ribeira de Muge - Dança do Fidalgo


Celebração dos 500 anos do Paço Real da Ribeira de Muge – Paço dos Negros

 

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Presididas por sua excelência Marquês de Rio Maior em representação de Sua Alteza Real D. Duarte Pio, Duque de Bragança e herdeiro da coroa portuguesa, decorreram no dia 14 de Maio de 2011 na pequena aldeia de Paço dos Negros – Almeirim, as comemorações dos 500 anos do Paço Real da Ribeira de Muge. Paço que por ser construído e habitado por negros veio a ser, por esse facto conhecido, e daí o nome da aldeia – Paço dos Negros.

Paço pequeno mas luxuoso e cómodo este paço foi mandado edificar por D. Manuel I em 1511 e servia essencialmente para desenfadamento em exclusivo da família real.

D. Sebastião no “seu Paço dos Negros”, como diz Deana Barroqueiro no seu Livro “D. Sebastião e o Vidente”, se refugiava das intrigas e banalidades da corte nos Paços de Almeirim e na frescura e tranquilidade da Ribeira de Muge e coutada real, treinava as artes da caça pra na guerra se aperfeiçoar.

Iniciativa de um grupo de cidadão da referida aldeia – Academia da Ribeira de Muge – decorreram as comemorações de forma simples mas digna e honrosa. Seria, segundo a organização, imperdoável que não se comemorasse meio milénio de existência.

Para além do digníssimo D. João Vicente de Saldanha Oliveira e Sousa, 4º Marquês de Rio Maior, 7º Conde de Rio maior, 3º Conde da Azinhaga e 22º Morgado da Oliveira; representante de uma das mais antigas famílias da nossa história, estiveram presentes elementos dos executivos da Junta de Freguesia de Fazendas de Almeirim e da Câmara Municipal de Almeirim.

Depois da insistência, ao longo de vários anos, da Câmara de Almeirim em não classificar o imóvel como de interesse municipal, surge agora uma esperança para aqueles que a defendem já que, sob proposta da oposição na câmara, foi aprovada por unanimidade a abertura do processo conducente à classificação como imóvel.

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Manuel Evangelista, autor do livro Paço dos Negros – A Tacúbis Romana, Sr. Marquês de Rio Maior e Gustavo Pacheco Pimentel autor do esboço e trabalho de levantamento topográfico do Paço

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João Pires, marido de Deana Barroqueiro, Sr. Marquês de Rio Maior, Manuel Evangelista, Gustavo Pacheco Pimentel e Deana Barroqueiro

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O Rei Preto fazendo dissertação com o grupo de cantares da Academia ao fundo

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Grupo de danças da Academia executando temas palacianos

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Música medieval festiva executada pelo grupo Strella do Dia

terça-feira, 17 de maio de 2011

Mais fotos das comemorações

 

Deana Barroqueiro e Manuel Evangelista

Assistência
 
Deana Barroqueiro, Manuel Evangelista e Elias Rodrigues



Hasteamento das bandeiras: Manuel Evangelista, Francisco Maurício, o Marquês de Rio Maior, Bastos Martins, Gustavo Pacheco Pimentel
 
Gustavo Pacheco Pimentel apresenta a reconstituição da planta do Paço


Actuação da Academia

Momento de actuação do Rrei Preto
 
Actuação da Academia


IDEM
 
Outro momento de actuação do Rrei Preto



Mesa de artistas e convidados

Actuação do grupo Strella do Dia

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Um programa digno da aldeia de Paço dos Negros

Almeirim comemora este ano os seus 600 anos, assim como Paço dos Negros comemora 500.

Assistimos em Paço dos Negros a um programa digno, como jamais esta aldeia pode presenciar, a cargo exclusivo da Academia da Ribeira de Muge:
Foi limpo, pintado e caiado todo Paço, a cargo exclusivo dos membros da Academia.
Foi publicada a História desta aldeia, fidedigmamente representada em documentação original coeva.
Foi pela primenira vez feita a reconstituição, e exibida, a planta do Paço, tal como era no século XVI. (Da autoria de Gustavo Pacheco Pimentel, a publicar brevemente a 3 dimensões). Planta que pode servir para que o Paço seja reconstruído e volte a cumprir a sua função de turismo (desenfadamento).
A Academia lamenta a ausência dos responsáveis concelhios, e das associações que, convidados Pela academia, para a comemoração dos 500 anos de Paço dos Negros, não se dignaram comparecer.
 
A Academia apresentou exclusivamente temas medievais e palacianos, recolhidos na Ribeira de Muge. Pela primeira vez, tivémos a presença do nosso lendário Rei Preto, que deliciou todos os presentes, e que muito enriquece a cultura de Paço dos Negros.

Este presente o grupo de música medieval festiva, Strella do Dia.

Este presente a ilustre escritora, Deana Barroqueiro, na apresentação do livro, Paço dos Negros da Ribeira de Muge - A Tacubis Romana.

Muito nos honrou com a sua presença, em representação de Sua Alteza Real, D. Duarte, Duque de Bragança, Sua Excelência, o sr. Marquês de Rio Maior, João Saldanha, que presidiu às comemorações.

Eis algumas fotos do encerramento das comemorações dos 500 anos do Paço Real da Ribeira de Muge.