Encontra-se a Academia da Ribeira de Muge empenhada em reconstituir todo o património cultural de Paço dos Negros, e da região da ribeira de Muge envolvente. Desde as seculares danças e canções palacianas e de escravos, aos trajes que outrora foram usados, aos instrumentos musicais, alfaias domésticas e outros, etc., indo sempre às peculiares e mais fundas raízes culturais da aldeia, também a gastronomia requer um esforço para ser estudada e valorizada e tornada nossa.
Baseados na tradição e nas pesquisas, mormente em Henrique Leonor Pina, “Os Papéis de S. Roque”, algumas cartas que referem mantimentos recebidos neste Paço, pensamos ser ainda possível, pelo que ousamos reconstruir algumas iguarias que fizeram parte da alimentação no Paço Real da Ribeira de Muge, bem como no de Almeirim. Eis algumas:
Javali no espeto à D. Sebastião
Coelho real
Capão real
Galinha de alfitete
Trutas da ribeira de Muge
Arroz do Cardeal
Sardinhas escorchadas (dos escravos)
Peixe seco (dos escravos)
Caldo dos escravos
Chouriços
Tiborna à Rei Preto
Queijo de ovelha
Queijo de cabra
Pão de milho (dos escravos)
Pão de centeio
Pão de trigo
Pão meado
Caralhotas
Biscoitos
Alface orelha de mula
Bergamotas do Pomar real
Cidras
Figos, figos secos
Uvas, passas de uva
Castanhas
Nozes
Ameixas, ameixas secas
Pinhões
Camarinhas
Bolotas
Azinhas
Mel
Bolo de mel
Papas de milho
Maçaroca assada
Manjar dos escravos
Arroz-doce
Pudim dos frades
Doce de frutas (várias)
Arrobe
Vinho dos frades
A continuar a investigação
A continuar a investigação