Diogo Rodrigues, uma história recambolesca?
Fora nomeado em 1511, por Pedro Matela, Contador de Santarém, almoxarife das Obras do Paço da Ribeira de Muge.
Em Fevereiro de 1514, foi a oficialização de almoxarife do Paço. Neste alvará, menciona de ordenado, tanto 5.000 réis como, logo a seguir, 8.000. (ver post de 8/11/2009).
Em Junho de 1515, numa Quitação, diz que Antão Fernandes (escrivão do Paço de Almeirim), é nomeado almoxarife do Paço da Ribeira de Muge, por mandado do contador Pedro Matela. (ver post de 9/11/2009).
No presente documento, da chancelaria de D. Manuel, livro 10, vemos que Diogo Rodrigues, almoxarife dos Paços da Ribeira de Muge, e que não o deixou, recebe uma tença de 8.000 reis, do ano de 1516. Tença que vem a ser paga até ao ano de 1530.
(Talvez explique a razão porque não aparece a nomeação pela chancelaria deste almoxarife Antão Fernandes.)
Dom Manuel por graça de Deus rei de Portugal etc. a quantos esta carta virem fazemos saber que querendo nós fazer graça e mercê a Diogo Roiz escudeiro da nossa casa almoxarife que foi dos nossos Paços da Ribeira de Muja, temos por bem e nos praz que de Janeiro do ano de 516 em diante ele tenha e haja de nós cada ano oito mil réis em dinheiro e um moio de trigo e isto nos praz assim por respeito do dito ofício que tinha e não o deixou e será enquanto nossa mercê for e porem mandamos aos vedores da nossa fazenda que do dito Janeiro em diante lhe façam assentar o dito dinheiro e trigo em nossos livros e dar dele carta cada ano para onde haja bom pagamento e por sua guarda e nossa lembrança lhe mandamos dar esta carta por nós assinada e selada do nosso selo pendente. Dada em Lisboa a 17 dias do mês de Setembro. Jorge Fernandes a fez ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil 517 anos.
Como se vê tramóias sempre parece tê-las havido neste Paço. Nada de novo ao cimo da Terra.