A Capela de S. João Baptista

Nesta demanda de trazer a dignidade à casa que foi o berço de Paço dos Negros (e da "língua de preto de Gil Vicente"), e que tão ignorada e maltratada tem sido, eis o livro. A sair nas comemorações dos 500 anos, a 24 de Junho.

COMUNICADO – Sobre o dia dos Moinhos Abertos

A adesão da Academia Itinerarium XIV ao Dia dos Moinhos Abertos 2015, com o Moinho do Fidalgo (Paço dos Negros – Almeirim), foi um verdadeiro sucesso, tendo contado com 86 visitantes à exposição de Maria Castelo “Moagens de Outros Tempos: Moinhos de Água e de Vento” aos quais acrescem os 18 participantes na caminhada “Pelos Moinhos do Palha”. Assim, foram ultrapassados os 92 visitantes da iniciativa em 2014. 

A exposição assumiu-se como um importante meio de dinamização de um moinho que está parado. Por outro lado, trouxe pela mão de Maria Castelo uma imagem à população de Paço dos Negros do desaparecido Moinho de Vento. Um moinho que não tinha outro nome que não este, por ser o único da sua tipologia que aqui existiu. Tratava-se de um moinho de vento de armação, de estilo americano, bem diferente do moinho de vento saloio que estamos habituados a ver no Oeste português.

A Academia Itinerarium XIV endereça ainda o seu profundo agradecimento ao Sr. António e D. Delmira, não só pela autorização para passagem da caminhada nos terrenos pelos quais estão responsáveis, como também pela limpeza de matos que fizerem em torno do Moinho do Pinheiro.

Neste momento, a Academia Itinerarium XIV irá começar a preparar a sua próxima iniciativa, a 27 de junho, onde se assinala o S. João (padroeiro da capela do Paço Real da Ribeira de Muge), assim como os 500 anos de Antão Fernandes como almoxarife do mesmo paço. 

 

 

O Dia dos Moinhos Abertos

 O Moinho do fidalgo, na bela Ribeira de Muge, esteve bem representado.

Fotos da abertura e caminhada.

Dia dos Moinhos Abertos

Quinta Feira de Endoenças

Quinta-fera d’Indoenças

Três dias antes da Páscoa

As indulgências do mundo

São chamadas duma em uma

Às duas si lhe juntarum

Er’ horas de ceia dada

Já dipois di ter ceado

Jasus Cristo préguntou

Qual deles queria padeceri

Olharum uns par’ós outros

Ninhum lhe soube responderi

Mais assim que amanhécia

Jasus Cristo caminhava

C’uma grande cruz às costas

De madeira tão pesada

Lá viu ‘star as três Marias

Todas postas a chorari

Uma era a Madaléna

A outra era a Virgem pura

A outra era a sua mana

Mais paixões lhe ele deixava

Uma lhe lavava os péis

Outra as sus mãos lha limpava

A outra aparava o sãegui

Que Jasus Cristo deitava

Quem esta oração desser

Três vezes com devoçãum

Não tará medo do inferno

Nem di raio, nem de trovãum

Nest’ mundo achará o prémio

E no céu a salvaçãum.

Recolha de Manuel Evangelista