A Ribeira de Muge fica situada na orla de um dos maiores desertos humanos de Portugal, a floresta de Entre-Muge-e-Sorraia. Esta região pode exibir ainda hoje uma cultura com traços característicos muito próprios, mormente a rude cultura dos pastores, cabreiros e dos negros que aqui habitaram. São estas especificidades que a Academia persegue, "subindo ao povo", como nos diz o grande Pedro Homem de Melo, recolhe, estuda e divulga.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Jesuína Vitória Uma Mulher da Ribeira de Muge


O livro “Jesuína Vitória uma Mulher da Ribeira de Muge”, no prelo, abre a colectânea “Mulheres da Ribeira de Muge”. Esta é apenas uma forma simples encontrada para homenagear as mulheres sábias e simples do povo, ignoradas pelos poderes, subindo ao povo, registando e certificando a sua matriz cultural. Neste caso, o povo da Ribeira de Muge.
Pensamos que outras (os) se seguirão. É um desafio que abraçámos.

Capa do livro, "Jesuína Vitória uma Mulher da Ribeira de Muge".




Três peças do Romanceiro medieval, inseridas no livro, que Jesuína Vitória  através dos tempos trouxe até nós. Obrigado Jesuína Vitória.


O Anel de Sete Pedras
.https://dl.dropboxusercontent.com/u/4453889/2.%20%20A%20O%20anel%20de%20sete%20pedras.mp3


O Soldadinho
https://dl.dropboxusercontent.com/u/4453889/O%20Soldadinho.mp3



O Conde da Alemanha
https://dl.dropboxusercontent.com/u/4453889/4%20Conde%20da%20Alemanha.mp3


Índice

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

D. Sebastião e o Paço dos Negros

D. Sebastião


retirado


Pórtico do Paço dos Negros e capela de S. João Baptista ao fundo.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Cancioneiro da Ribeira de Muge

Entre o que anunciei e o que foi editado existe uma pequena diferença, fruto dos últimos retoques, na tentativa de melhoria, que sempre acontecem.
A todos os que me ajudaram a vencer esta nona etapa, mantendo-me um pesquisador e “escritor” independente e livre, o meu obrigado. Conto convosco para a próxima etapa que já aí vem.cancioneiro_capa_livro
Prefácio. 5
Cancioneiro religioso. 7
Natal dos Gagos. 7
Nome de Maria. 7
Entrai pastores entrai 8
Senhora do Carmo. 8
Senhora da Nazaré. 9
Magnifa de Nossa Senhora. 9
Santa Bárbara e S. Jerolmo. 10
Lá se vai o sol escondendo. 10
O lavrador d’ Aurora. 10
Quinta-feira de Endoenças. 11
Numa triste noite escura. 12
Pedindo p’ras almas. 13
Bendito e louvado seja. 13
Bendito e louvado. 13
Três Marias. 14
Da Sagrada Família. 14
Não cortes a oliveira. 14
A mais bela. 14
As doze excelências I 15
As doze excelências II 15
Oração de pedir esmola. 16
Cancioneiro Profano. 17
Mulatinha. 17
Mulatinha chiapá. 17
Canção das escravas. 18
A partida da Rainha. 19
A morte de D. Pedro V. 19
Albertina era a filha do rei 20
Ó Albertina, Albertina. 20
Ó Virgem da mãe candura. 20
Vira da Tira. 21
Vai de roda. 21
No dia em que m’eu casar 21
Ó Catarina, o que tem, tem, tem.. 22
Menina vai à fonte. 22
Ó Elvas, ó Elvas I 22
Ó Elvas, ó Elvas II 23
À entrada de Elvas [III] 23
A chita da ‘nha blusa. 24
Tenho uma saia nova. 24
Latruca, meu bem latruca. 25
O corridinho. 25
Dia da espiga. 26
Cantiga do gás. 26
Esta noite na avenida. 27
As cerejinhas. 27
Alícia dá cá um beijo. 27
A minha aldeia. 28
O baile da maldição. 28
Foi à beira do lagar 28
Verdegaio. 29
Amor se me escreveres. 29
Fandango da Ribeira. 29
Os carreirinhos da serra. 29
Meu bem bi à bá. 30
Se eu me chegar a casar 30
Tu é que és o meu rapaz. 31
Ó mirosca. 31
Sacode o saco Leonor 32
As mulheres do norte. 32
O gafanhoto. 32
O ladrão. 33
O nó da gravatinha I 33
O nó da gravatinha II 33
Ó pavão, ó real pavão. 34
A moda do rique truque. 34
Ó Delaide, ó Delaidinha I 34
Ó Delaide, ó Delaidinha II 35
A gaita do Zé. 35
Eu tenho um cãozinho. 35
Saias da Lamarosa. 35
Saias velhas da Parreira. 36
A moda do zuque-truque. 37
Bailarico da ribeira. 37
A marcha de Paços dos Negros. 37
Passarinho castanho. 38
Passo largo. 38
Ó verdegaio, verdegaio. 38
Funho lavar à ribeira. 39
Se eu fosse um rato. 39
As mulas. 39
O pipó. 39
Valverde limão. 40
O José larilolé. 40
Compadre José Parola. 40
Pedi-te um beijo ó menina. 41
Sou tua. 41
Ai que chita tão bonita. 42
Ainda ontem comi tremoços. 43
O tremoço rechonchudo. 43
Os piais da minha sogra. 44
Olha as sogras. 44
Ó Maria tu tens tu tens. 45
Amor boieiro. 45
Vira viradinho. 46
Minha querida Gabriela. 46
Já o circo vem aí 46
Ó cara linda, cara de jóia. 47
Baguinho, baguinho, baguinho. 47
Menina que sabe ler 48
A Quinta da Laranjinha. 48
Venho d’arraia da Espanha I 49
Venho d’arraia da Espanha II 49
O Aiveca. 49
A criada e o patrão. 50
Caramba Marianita. 52
Se o mar tivesse varandas. 53
A lua é branca. 53
Ó Manuel das Cancelas. 54
A moda da perna alçada. 54
Linda bassoirinha. 54
O vira de quatro. 54
As cachopas de Marianos. 55
Ai Zumba, ai zumba olaré I 55
Ai zumba, ai zumba, olaré II 56
Eu vou para a marinha. 56
Sant’Antóino entre as vinhas. 56
Passa vai passando. 57
Loureiro, verde loureiro. 57
Pica, pic’ó pau. 57
Cá na minha terra. 58
Tu dantes eras linda agora és feia. 58
Menina no laranjal 58
Menina que vai passando. 59
Ó jardineiro porque estás tão triste. 59
Erva-cidreira. 59
Três coisas pedi a Deus. 60
Ó bonequinha. 60
Ó bela vem à janela. 60
O Fanfarrão. 61
O papagaio tem penas. 61
Apanha da azeitona. 62
Vou calçar minhas tairocas. 62
Cigano lindo cigano. 62
O dedo sem unha. 63
A cigana e o campino. 63
Sou cigana não o nego. 63
Venho da ribeira nova. 64
Ó pó, ora limpó pó. 64
Toca o bombo. 64
Cantigas e vivas nos casamentos. 64
Cantigas do Baile. 65
Os Casares da Ribeira de Muge - Rituais de namoro. 67
Menina do laranjal 67
Escuta ó menina. 68
Olha o papagaio. 68
Entrei pela Espanha adentro. 68
Saringa-tinga-tinga. 69
Naquela janela. 69
A chita da ‘nha blusa. 69
Casará olé casará I 70
Casará olé casará II 70
Ora que te dou. 70
Rosa bela. 71
Eu vi, eu vi 72
Ela anda a namorar 72
O derriço. 72
Vira-cabra. 73
Os catres talim-talim.. 73
Toma lá carário. 73
Ó cu ricocu. 74
Quinta da laranjinha. 74
Cantigas das “Brincadeiras” – Ritual de integração. 75
A Condessa. 75
Rosa Verdeira. 75
Brinca-Tudo. 76
Ah ah minha machadinha. 76
Vou calçar minhas tairocas. 76
Dom Solidom.. 76
O relógio das cabaças. 77
Senhora dona Anica. 77
Caranguejo não é peixe. 77
Que linda rosa. 78
A Biloa. 78
A triste viuvinha. 78
Carrasquinha sacode a saia. 79
O burro da nora. 79
O paspalhão. 79
O ladrão do meio. 79
Arroz com leite. 80
O Babão. 80
Eu fui à Serra da Estrela. 80
Infanto-juvenis. 81
Ó Branquinha. 81
Cadeaço. 81
No alto daquela serra. 82
A pomba caiu no mar 82
Um abracinho. 82
O pedreiro cheira a cal 82
O ladrão do negro melro. 82
Nos ranchos. 83
Os rituais de trabalho. 84
Ó compadre abegão. 84
Ó mana vamos à monda. 85
Cantigas do Manuel e da Maria. 85
Cantigas da Mãe. 86
Cantigas do Amor 88
Cantigas dos olhos. 92
Cantigas do coração. 93
Cantigas da sogra. 96
Cantigas da oliveira. 97
Cantigas da rosa. 97
Cantigas do cravo. 99
Cantigas da Ribeira. 100
Olari-olari-olaré. 101
Cantigas dos Paços. 101
Cantigas do caminho. 102
Cantigas da mocidade. 103
Cantigas dos militares e do comboio. 115
Cantigas de adiafa. 116
Despiques entre mulheres. 117
O que fazes criancinha. 118
António Domingos. 119
Uma cagada. 119
Salgadas e queimosas. 122
Desafios entre homem e mulher 124
Cantigas da despega. 128
Numa descamisada em Vicentinhos. 128
Numa descamisada na eira Gagos. 129
Numa descamisada na Caneirinha. 130
Numa descamisada em Marianos. 131
Ouve lá ó Joaquim.. 131
Cancioneiro da taberna. 133
Já ‘tás c’os copos. 133
Tenho uma concertina. 133
O Zé Careca. 134
Ó cabalero. 134
Ai minha riquinha moca. 134
Da Grande-guerra. 134
Era o vinho. 135
Lá em cima. 135
A vida é um vale de enganos. 135
Catrapuz. 135
A cobra. 135
Ó Maria tu tens tu tens. 136
Ó meu mestre sapateiro. 136
Ó fim ó fá. 136
Lari-lo-lela. 136
Minha rica ti Maria. 137
Chucha na tola. 137
Ó Lucinda vem comigo. 137
Ó bela vem à janela. 137
Ó menina guarde o seu melro. 137
Fandango da taberna. 138
Maria lavradora. 138
Parti a tola à Maria. 138
Tiro-liro-tiro-lero. 138
Cantiga do Saias ou do Cambeiro. 139
Cá na nossa freguesia. 139
Abóbora, menina, abóbora. 139
Ó preto, ó preto. 139
Ó Maria Amélia. 139
Na taberna dos Gagos. 140
Desedelas na taberna. 140
Na taberna do Silvino. 142
Foi no do Zé da Machada. 142
A ronda das tabernas. 142
Na taberna do Florenço. 143
Mundos e fundos. 143
Fado das penas. 144
Áuga pisada a péis. 144

Agradecimentos. 145

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Cancioneiro da Ribeira de Muge

Na senda de fazer o registo de “todo?” (o mais possível) o património cultural da ribeira de Muge, desta vez numa homenagem às mulheres da minha terra, do património oral,  pensamos publicar antes do Natal o Cancioneiro da Ribeira de Muge.

Estando todos os cancioneiros muito interligados, pensamos ainda assim revelar neste cancioneiro algo da criatividade local: Algumas (4) canções de remotos “escravos” negros, os “casares” da ribeira de Muge, o cancioneiro das tabernas, as “salgadas e queimosas”, tal como as mulheres referem os despiques entre elas, e mesmo as largas dezenas de canções e modas que vindas de outras regiões, as mulheres (e homens) sempre acrescentavam algo de seu, da sua cultura rude e simples:

Aos interessados em adquirir este naco da nossa cultura, devem contactar o “autor”. CPM_EVANGELISTA@HOTMAIL.COM . Serão impressos tantos livros quantas as encomendas. Não vai estar à venda ao público. Custo 5 euros.

cancioneiro_capa_livro

Prefácio5

Cancioneiro religioso 7

Natal dos Gagos 7

Nome de Maria 7

Entrai pastores entrai 8

Senhora do Carmo-8

Senhora da Nazaré-9

Magnifa de Nossa Senhora-9

Santa Bárbara e S. Jerolmo-10

Lá se vai o sol escondendo-10

O lavrador d’ Aurora-10

Quinta-feira de Endoenças-11

Numa triste noite escura-12

Pedindo p’ras almas-13

Bendito e louvado seja-13

Bendito e louvado-13

As doze excelências-14

As doze excelências-14

Oração de pedir esmola-15

Cancioneiro Profano-17

Mulatinha-17

Mulatinha chiapá-17

Canção das escravas-18

A partida da Rainha-19

A morte de D. Pedro V-19

Albertina era a filha do rei-20

Ó Albertina, Albertina-20

Ó Virgem da mãe candura-20

Vira da Tira-21

Vai de roda-21

Ó Catarina, o que tem, tem, tem-21

Menina vai à fonte-22

O sítio dos caracóis-22

Ó Elvas, ó Elvas I-22

Ó Elvas, ó Elvas II-23

À entrada de Elvas [III]-23

A chita da ‘nha blusa-24

Tenho uma saia nova-25

Latruca, meu bem latruca-25

O corridinho-26

Cantiga do gás-26

Esta noite na avenida-27

As cerejinhas-27

Alícia dá cá um beijo-27

A minha aldeia-27

O baile da maldição-28

Verdegaio-28

Amor se me escreveres-28

Fandango-29

Os carreirinhos da serra-29

Meu bem bi à bá-29

Se eu me chegar a casar-30

Tu é que és o meu rapaz-30

Ó mirosca-31

Sacode o saco Leonor-31

As mulheres do norte-32

O gafanhoto-32

O ladrão-32

O nó da gravatinha I-32

O nó da gravatinha II-33

Ó Branquinha-33

Ó pavão, ó real pavão-34

A moda do rique truque-34

Ó Delaide, ó Delaidinha I-34

Ó Delaide, ó Delaidinha II-35

A gaita do Zé-35

Saias da Lamarosa-35

Saias velhas da Parreira-36

A moda do zuque-truque-36

Bailarico da ribeira-37

A marcha de Paços dos Negros-37

Passarinho castanho-38

Passo largo-38

Ó verdegaio, verdegaio-38

Funho lavar à ribeira-38

Se eu fosse um rato-39

As mulas-39

O pipó-39

Valverde limão-40

O José larilolé-40

Compadre José Parola-40

Pedi-te um beijo ó menina-40

Sou tua-41

Ai que chita tão bonita-42

Ainda ontem comi tremoços-43

O tremoço rechonchudo-43

Os piais da minha sogra-44

Olha as sogras-44

Ó Maria tu tens tu tens-45

Amor boieiro-45

Vira viradinho-46

Minha querida Gabriela-46

Já o circo vem aí-46

Ó cara linda, cara de jóia-46

Baguinho, baguinho, baguinho-47

Menina que sabe ler-47

A Quinta da Laranjinha-48

Venho d’arraia da Espanha-49

O Aiveca-49

A criada e o patrão-50

Caramba Marianita-52

Se o mar tivesse varandas-53

A lua é branca-53

Ó Manuel das Cancelas-54

A moda da perna alçada-54

Linda bassoirinha-54

O vira de quatro-54

As cachopas de Marianos-55

Ai Zumba, ai zumba olaré I-55

Ai zumba, ai zumba, olaré II-56

Eu vou para a marinha-56

Sant’Antóino entre as vinhas-56

Passa vai passando-57

Loureiro, verde loureiro-57

Pica, pic’ó pau-57

Cá na minha terra-58

Tu dantes eras linda agora és feia-58

Menina no laranjal-58

Menina que vai passando-59

Ó jardineiro porque está tão triste-59

Três coisas pedi a Deus-60

Ó bonequinha-60

Ó bela vem à janela-60

Erva-cidreira-61

No alto daquela serra-61

O pedreiro cheira a cal-61

Cigano lindo cigano-62

O dedo sem unha-62

A cigana e o campino-62

Sou cigana não o nego-62

Cantigas e vivas nos casamentos-63

Cantigas do Baile-64

O ladrão do negro melro-66

Os Casares da Ribeira de Muge-67

Menina do laranjal-67

Escuta ó menina-68

Olha o papagaio-68

Entrei pela Espanha adentro-68

Saringa-tinga-tinga-69

Naquela janela-69

A chita da ‘nha blusa-69

Casará olé casará I-70

Casará olé casará II-70

Ora que te dou-71

Rosa bela-72

Eu vi, eu vi-72

Ela anda a namorar-73

O derriço-73

Vira-cabra-73

Os catres talim-talim-74

Toma lá carário-74

Ó cu ricocu-74

Quinta da laranjinha-75

Toca o bombo-75

Cantigas das “Brincadeiras”-77

A Condessa-77

Rosa Verdeira-77

Brinca-Tudo-78

Ah ah minha machadinha-78

Vou calçar minhas tairocas-78

Erva cidreira-78

Dom Solidom-79

O relógio das cabaças-79

Senhora dona Anica-79

Caranguejo não é peixe-80

Que linda rosa-80

Pedi-te um beijo ó menina-80

A Biloa-80

A triste viuvinha-81

Carrasquinha sacode a saia-81

O ladrão do meio-81

Arroz com leite-82

Venho da ribeira nova-82

O Babão-82

Nos ranchos-83

Quem é que leva a gaita!-83

Ó mana vamos à monda-83

Cantigas do Manuel e da Maria-84

Cantigas da Mãe-84

Cantigas do Amor-87

Cantigas dos olhos-91

Cantigas do coração-92

Cantigas da sogra-95

Cantigas da Ribeira-96

Olari-olari-olaré-97

Cantigas da oliveira-97

Cantigas da rosa-98

Cantigas do cravo-99

Cantigas dos Paços-100

Cantigas dos astros e da natureza-101

Cantigas da mocidade-102

Cantigas dos militares e do comboio-114

Cantigas de adiafa-115

Despiques entre mulheres-116

O que fazes criancinha-118

António Domingos-118

Uma cagada-119

O compadre abegão-119

Salgadas e queimosas-122

Desafios entre homem e mulher-124

Cantigas da despega-129

Numa descamisada em Vicentinhos-129

Numa descamisada na eira Gagos-130

Numa descamisada na Caneirinha-131

Ouve lá ó Joaquim-132

Cancioneiro da taberna-133

Já ‘tás c’os copos-133

Tenho uma concertina-133

O Zé Careca-134

Ó cabalero-134

Ai minha riquinha moca-134

Da Grande-Guerra-135

Era o vinho-135

Lá em cima-135

A vida é um vale de enganos-135

Catrapuz-135

A cobra-135

Ó Maria tu tens tu tens-136

Ó meu mestre sapateiro-136

Ó fim ó fá-136

Lari-lo-lela-137

Minha rica ti Maria-137

Chucha na tola-137

Ó Lucinda vem comigo-137

Ó bela vem à janela-137

Ó menina guarde o seu melro-138

Os amigos da taberna-138

Fandango da taberna-138

Adivinhas-138

Maria lavradora-139

Parti a tola à Maria-139

Tiro-liro-tiro-lero-139

Cantiga do Saias ou do Cambeiro-139

Na nossa freguesia-140

Abóbora, menina, abóbora-140

Eu tenho um cãozinho-140

Ó preto, ó preto-140

Ó Maria Amélia-141

Conselhos-141

Na taberna do Silvino-141

No Zé da Machada-141

A ronda das tabernas-142

Áuga pisada a péis-142

Várias-142

Agradecimentos-145

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O Papa e o Paço da Ribeira de Muge

 

maqueta JPG

O frade de S. Francisco referido na carta, que já ali exercia, deverá ter exercido o seu mester no Paço da Ribeira de Muge até 1551, data em que foi nomeado António Valente, de Nossa Senhora da Serra. 

Digamos que para um barracão de caça, como defende o amesandado lóbi do restopórtico de Almeirim, o pedido ao Papa pelo rei D. João III de um capelão para a capelania do Paço da Ribeira de Muge, deve tratar-se decerto de caça da grossa.

«Carta de D. João III ao Doutor Brás Neto, embaixador

em Roma, a respeito de umas suplicações a fazer ao Papa, para um

frade de S. Francisco ser capelão nos seus pacos da Ribeira do Muge.

Setúbal, 1532. — Papel. 6 folhas. Bom estado. Cópia junta.

Doutor Bras Neto amiguo.

Eu ei rei vos envio muyto saudar.

Com esta carta vos envio duas sopricações de Diogo Pachequo frade

da Ordem de Sam Francisquo da Terceira Ordem do qual me quero serviir

na capelania da capela dos meus paços da Ribeira de Muja por ser dele

e de sua bondade bem enformado e por os vezinhos dali d'aredor estarem

dele e de seu serviço contentes e pelas ditas sopricações veres o que por

elas se soprica e requere por o que escuso de nesta mais vo lo declarar. E

soomente vos encomendo muyto que logo como esta vos for dada vos

trabalhes quanto posivel vos for por as ditas sopricações despachardes

conforme ao nelas conteudo no que muyto vos gradecerey poerdes toda

diligencia e asy de as letras diso me enviardes com os primeiros recados

que pera mym despachardes. E ey por bem que a expediçam diso façaes

a minha custa e creo que se fara niso pouqua despesa e vos asy trabalhay

porque com pouco gasto se faça. E se pela ventura comprir falardes ao

Santo Padre de minha parte na expediçam das ditas sopricações fazey o

naquele modo que virdes que pode mais aproveitar dizendo lhe que asy

pela boa enformaçam que tenho da bondade e suficiencia do dito Diogo

Pachequo como por me querer dele servir na capelania dos ditos meus

paços receberey em merce de Sua Santidade lhe querer comceder o que

por suas sopricações requere e se Tambem em outro cabo aproveitar o

falardes de minha parte a alguus cardeaes ou ofiçiaes asy o fazee e

muyto vos gradecerey de com a mais brevidade que vos for posivel me

enviardes os despachos.

Pero d'Alcaçova Carneiro a fez em Setuvel a ... O) dias de ... (2)

de 1532.

Rey»