A Ribeira de Muge fica situada na orla de um dos maiores desertos humanos de Portugal, a floresta de Entre-Muge-e-Sorraia. Esta região pode exibir ainda hoje uma cultura com traços característicos muito próprios, mormente a rude cultura dos pastores, cabreiros e dos negros que aqui habitaram. São estas especificidades que a Academia persegue, "subindo ao povo", como nos diz o grande Pedro Homem de Melo, recolhe, estuda e divulga.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O legado da Academia

Para os registos da Academia, foi concluída mais uma obra popular e particular sobre as gentes e a cultura da ribeira de Muge. Obra que retrata um caso raro de boa memória, conhecimento e sabedoria: "Jesuína Vitória, uma mulher da Ribeira de Muge".  Obra que aumenta e assegura o legado da cultura da Ribeira de Muge e o espólio da Academia.


Obrigado Jesuína Vitória.

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domingo, 18 de dezembro de 2011

A Academia e o Folclore religioso

Mais um passo foi dado para a afirmação da verdadeira cultura de Paço dos Negros.



"Coro das Mulheres da ribeira de Muge"

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As doze excelências (pequeno trecho) 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Concerto de Natal

A Academia da Ribeira de Muge apresentará o seu concerto de Natal 2011, na capela de S. João Baptista, em Paço dos Negros.
Serão apresentadas antigas orações que hoje pertencem ao Folclore religioso da Ribeira de Muge.
(FOLCLORE, AQUI ENTENDIDO COMO ALGO DIGNO E DIGNIFICANTE, QUE FAZ PARTE DA ALMA DO POVO).

Serão ainda apresentados, em estreia, alguns romances nascidos e cantados em Paço dos Negros e na Ribeira de Muge, nos últimos 100 anos.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Gratidão

Hoje reencontrei a dona desta voz. Uma das mais bonitas vozes de Paço dos Negros. Aos 82 anos está bonita e bem disposta, como sempre.
Para você Léna Badanela, vai esta recordação, dos tempos em que a sua voz, em cima dos palcos de lama e erva, ecoava por esta ribeira de Muge. Parabéns e mil vezes obrigado por nos proporcionar estes momento tão belos.

clique para ouvir:
Juliana, um romance que pertence ao romanceiro universal, nacional, e da Ribeira de Muge.

Eu bem te dizia ó filha, mas tu não querias ouvir,
Passadas que o Jorze dava eram só para te iludir.
– Deixe lá ó minha mãe, ó meu pai que me criou,
O Jorze também se engana, assim como ele me enganou.
– Aí vem ele minha mãe, no seu cavalo amontado…
– Pois adeus ó Juliana, como estás como tens passado?...
– Eu já cá ouvi dizer, que tu andavas para casar…
– É verdade ó Juliana, venho-te agora convidar.
– Espera aí que eu também vou, que eu quero ir ao teu lado,
Vou buscar um copo de vinho que eu p’ra ti tenho guardado.
– O que pantaste no copo, o que pantaste no vinho?
Que eu já tenho a vista turva, eu já não vejo o caminho!?...
– Se a minha mãe lá soubesse, que eu que cá tinha morrido!...
– Também a minha julgava, que tu casavas comigo!

Torradas, novas torradas
A faca que corta a cana
O Jorze queria ser esperto
Esperta foi a Juliana.