Mesa de Abertura do Colóquio "Sobre a Realidade dos Moinhos de Vento Portugues"
Da esquerda para a direita: Cristina Casimiro (Presidente da Junta de Freguesia da Raposa), Samuel Tomé (Secretariado da Academia Itinerarium XIV) e Eurico Henriques (Vereador da Cultura da Câmara Muncipal de Almeirim)
Fotografia de Helena Fernandes
Todos
os países terão as suas características próprias no que diz respeito à
atividade dos moinhos, e Portugal não será exceção. Somos um país que, onde a
nível de tipologias de engenhos, é possível encontrar um pouco de tudo, mais ou
menos adaptado às nossas características morfológicas e climáticas. Assim,
temos uma riqueza de atividade molinológica (sendo que a molinologia é o estudo
e o conhecimento dos moinhos) muito grande, não só com eventos como este, mas
também com muitas obras de referência, como a “Tecnologia Tradicional
Portuguesa – Sistemas de Moagem”, de Ernesto Veiga de Oliveira, Benjamim
Pereira e Fernando Galhano, citada em praticamente todas as obras sobre o tema
em Portugal, mas também comummente mencionada na literatura internacional sobre
o tema.
Este
colóquio pretende acrescentar um pouco mais a todos nós, sobre esta realidade
que são os moinhos de vento em Portugal. Com apenas tão poucas comunicações conseguimos
reunir diferentes tipologias de moinhos vento, de diferentes áreas geográficas,
abordadas por diferentes áreas disciplinares. Em nome da Academia Itinerarium
XIV da Ribeira de Muge saúdo os oradores aqui presentes, que aceitaram
prontamente este desafio.
Em
nome da Academia Itinerarium XIV saúdo também muito especialmente a Junta de
Freguesia da Raposa, na pessoa da Senhora Presidente, que desde o primeiro
momento se associou a este evento, e mais que um apoio, sentimos um verdadeiro
empenho desta autarquia na organização deste colóquio.
Não
concebemos este colóquio noutro lugar que não aqui. Com efeito, esta Casa da
Cultura, por muitos conhecida como “o Descasque”, por aqui ter funcionado uma
unidade de descasque de arroz, foi ainda conhecida por muitos antes disso como
um moinho. Já mencionado no séc. XVIII, este Moinho da Raposa, que era tocado a
água, ou não tivéssemos nós aqui mesmo ao lado a Ribeira de Muge, recebe hoje
um colóquio sobre moinhos de vento.
Este
foi um dos objetivos a que nos propusemos. Trazer aqui uma realidade diferente
daquela que tínhamos por mais comum. E hoje cá estamos para a apresentar.
Termino
com votos que todos os presentes apreciam e aprendam algo mais. Que hoje,
quando sairmos daqui, façamos o exercício do que ficamos a saber que não
sabíamos antes de termos entrado por aquela porta.
Samuel Rodrigues Tomé
Secretariado da Academia Itinerarium XIV da Ribeira de Muge